Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), no Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, comemorado nesta quinta-feira, 24, a Prefeitura de Juiz de Fora inaugurou a Central de Libras. O espaço istrado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese), funciona na Rua Halfeld, 450/ 7º Andar (Centro) e o atendimento será realizado por agendamento presencial, por whatsapp (32 3690-7352) ou por telefone para familiar ouvinte (3690-7352) ou pelo e-mail [email protected]
O serviço é essencial para promover a inclusão e ibilidade comunicativa e sua principal função é intermediar a comunicação entre pessoas surdas, pessoas com deficiência auditiva, pessoas surdo-cegas e ouvintes. Por meio de profissionais qualificados em Libras/Português, a Central irá eliminar barreiras linguísticas.
Para prefeita Margarida Salomão, esse é um grande avanço que vamos oferecer para a cidade. “O o aos serviços públicos para as pessoas surdas é fundamental. Essas pessoas precisam expressar o seu pleito, a defesa dos seus direitos e das suas posições. Se ela não encontra um interlocutor que a compreenda como isso é possível? Sou uma pessoa da área da linguagem e a Universidade Federal de Juiz de Fora possui a habilitação em libras. Fico feliz com esses profissionais que vão oferecer esse serviço com uma condição plena da existência pública a esta comunidade”.
De acordo com o secretário especial de Direitos Humanos, Biel Rocha, trata-se de um dia histórico que pulsa com a força da comunidade, da luta e da esperança. “No Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais, Juiz de Fora não apenas celebra, mas concretiza um sonho antigo – a retomada da nossa Central de Libras, um espaço de acolhida. Essa Central não é apenas um espaço físico, é um símbolo de resistência, fruto de anos de dedicação da Associação dos Surdos de Juiz de Fora e de todos que carregam no coração o lema “Nada sobre nós sem nós”. Hoje, erguemos pontes entre vozes e mãos, entre silêncios e significados. A comunidade surda é a razão desta vitória”.
Ainda conforme Biel Rocha, por meio das intérpretes qualificadas, Primaine Ritchelle e Danielle Nascimento, a Central romperá barreiras em hospitais, tribunais, delegacias, repartições públicas e em todos os lugares onde a comunicação é um direito e não um privilégio.
O Diretor Estadual de Políticas para Pessoas com Deficiência da Sedese, Daniel Araújo, destacou que Juiz de Fora é a segunda cidade mineira que conta com uma Central de Libras, a primeira é a capital Belo Horizonte. “O Estado está sensível a essas políticas temáticas e precisamos a cada dia ampliar este trabalho para uma proximidade maior”.
O presidente da Associação dos Surdos de Juiz de Fora, Gustavo Albuquerque, destacou o empenho da comunidade para esta conquista. “Há muitos anos temos lutado por isso. É muito angustiante você não conseguir se comunicar e conseguir resolver problemas do cotidiano, aos poucos vamos diminuindo as barreiras”.
Já o presidente da Associação dos Surdos de Minas Gerais, Igor Rodrigues, disse que trata-se de um marco que traz orgulho. “É garantia de direitos e de ibilidade, fruto de um longo trabalho que foi desenvolvido em conjunto”.
Segundo a presidente municipal do Conselho da Pessoa com Deficiência e gerente do Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência da SEDH, Rita Petronilho, a Lei 10.436 /2012 é celebrada com a abertura do espaço. “A norma oficializa a Libras como a língua oficial, a língua de comunicação e expressão dos surdos. Ressalto a importância do Conselho para articular essas políticas junto ao Poder Público”.
Estiveram também presentes no evento as vereadoras Laiz Perrut, Letícia Delgado e o vereador Maurício Delgado.